Renanna Najara Veras Rodrigues
Faculdade Diferencial - DeVry
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, as vasculites constituem um grupo de entidades anatomoclínicas caracterizadas por inflamação ou necrose da parede do vaso sanguíneo com manifestações clínicas variadas. Este processo inflamatório destrutivo pode envolver todos os tipos de vasos, como artérias, veias e capilares, em todos os seus calibres, podendo também afetar vários órgãos do corpo; tal variedade explica o extenso e diversificado espectro clínico e permite classificar as vasculites em primárias ou secundárias.
Vasculites Primárias: doenças sistêmicas raras. Neste caso, a patologia centra-se apenas nos vasos sanguíneos. Exemplos: Púrpura Henoch-Schönlein e Granulomatose de Wegener.
Vasculites Secundárias: a inflamação dos vasos se dá secundariamente a outras patologias ou condições como neoplasias (leucemia, linfomas), uso de drogas lícitas ou ilícitas, doenças auto-imunes (Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatoide), reações de hipersensibilidade, processos infecciosos, entre outros agentes ambientais nocivos. Muitas vezes podem acontecer por mecanismos ainda indeterminados.
O quadro clínico das vasculites é extremamente variado, e depende do calibre dos órgãos afetados além de sua localização (órgãos ou sistemas):
• Hematúria, disfunção renal → Capilares glomerulares;
• Hemoptise, dispneia → Capilares pulmonares;
• Necrose em extremidades das mãos → Vasos de médio calibre da pele;
• Angina → Artérias coronárias;
• Cegueira → Artéria Carótida externa.
Estas são uma pequena parcela das centenas de situações clínicas que podem ser encontradas nas vasculites; desta forma, podem assumir diferentes formas de expressão, desde um processo inflamatório focal autolimitado, até um acometimento difuso e potencialmente grave. A enorme gama de doenças dentro deste grupo, associada à extensa possibilidade de diagnósticos diferenciais, além de variáveis como idade, sexo e comorbidades associadas, geram certa dificuldade diagnóstica.
A patogênese, muitas vezes, não é bem esclarecida, embora os estudos indiquem a atuação do sistema imune, envolvendo processos como o depósito de imunocomplexos, ativando a cascata inflamatória e gerando lesão vascular; também há indícios de possíveis deficiências do endotélio na prevenção desses eventos lesivos. Em alguns casos, destaca-se a ação dos auto-anticorpos (como os anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos - ANCA).
Antes do fechamento do quadro de vasculite, alguns diagnósticos diferenciais devem ser considerados (principalmente por conta da conduta terapêutica), como doença ateroembólica, síndrome de Goodpasture, endocardite infecciosa, infecções que cursam com púrpura, entre outras.
Quando primárias, o tratamento envolve o uso de imunossupressores e corticosteroides. Nas vasculites secundárias, além das medidas gerais para combater a inflamação no vaso, deve-se controlar e tratar a causa base do quadro.
Renanna Veras é acadêmica de Medicina da DeVRY-FACID, em Teresina-PI. Atualmente está no 7º período. É membro da Associação Acadêmica de Cardiologia (AAC) e da Sociedade Acadêmica Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SABACV), Vice-Presidente da Liga Acadêmiga de Urgências, Emergências e Traumatologia da UFPI (LUET) e é Membro Diretor na Liga Acadêmica de Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva da DeVRY-FACID. Interessada nas áreas de Cirugia Geral e Cirurgia Vascular.
Faculdade Diferencial - DeVry
Vasculites Primárias: doenças sistêmicas raras. Neste caso, a patologia centra-se apenas nos vasos sanguíneos. Exemplos: Púrpura Henoch-Schönlein e Granulomatose de Wegener.
Vasculites Secundárias: a inflamação dos vasos se dá secundariamente a outras patologias ou condições como neoplasias (leucemia, linfomas), uso de drogas lícitas ou ilícitas, doenças auto-imunes (Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatoide), reações de hipersensibilidade, processos infecciosos, entre outros agentes ambientais nocivos. Muitas vezes podem acontecer por mecanismos ainda indeterminados.
O quadro clínico das vasculites é extremamente variado, e depende do calibre dos órgãos afetados além de sua localização (órgãos ou sistemas):
• Hematúria, disfunção renal → Capilares glomerulares;
• Hemoptise, dispneia → Capilares pulmonares;
• Necrose em extremidades das mãos → Vasos de médio calibre da pele;
• Angina → Artérias coronárias;
• Cegueira → Artéria Carótida externa.
Estas são uma pequena parcela das centenas de situações clínicas que podem ser encontradas nas vasculites; desta forma, podem assumir diferentes formas de expressão, desde um processo inflamatório focal autolimitado, até um acometimento difuso e potencialmente grave. A enorme gama de doenças dentro deste grupo, associada à extensa possibilidade de diagnósticos diferenciais, além de variáveis como idade, sexo e comorbidades associadas, geram certa dificuldade diagnóstica.
Antes do fechamento do quadro de vasculite, alguns diagnósticos diferenciais devem ser considerados (principalmente por conta da conduta terapêutica), como doença ateroembólica, síndrome de Goodpasture, endocardite infecciosa, infecções que cursam com púrpura, entre outras.
Quando primárias, o tratamento envolve o uso de imunossupressores e corticosteroides. Nas vasculites secundárias, além das medidas gerais para combater a inflamação no vaso, deve-se controlar e tratar a causa base do quadro.

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